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Criei esse blog com objetivo de divulgar meu trabalho, para quem ainda não conhece, trocar idéias, discutir as tendências do nosso ramo e estreitar as distâncias.

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Cultivo de oliveiras aponta crescimento no Brasil

Na Grécia, a importância do azeite é tamanha que a erradicação de uma oliveira já foi sentenciada com pena de morte. Não é à toa que o país europeu se tornou nos últimos séculos o maior consumidor mundial de azeite, com 21,6 litros por habitante ao ano. Com uma produção de 400 mil toneladas e consumo de 250 mil toneladas, a Grécia se posiciona como terceiro maior produtor mundial. No país estão 120 milhões de oliveiras – dos 750 milhões existentes em todo o mundo. E o grande destaque para a capital mundial do azeite é a qualidade de sua produção, integralmente de extravirgem: o azeite de melhor qualidade que existe.

A história da Grécia se confunde com a da azeitona, que começou a ser cultivada na Ilha de Creta. O azeite é tão importante para o país que responde pela renda de 13,5% da população. O produto, que já foi usado na fabricação de perfume e de pomada com fins medicinais, foi utilizado por Hipócrates, o pai da medicina, para a cura de cólicas, surdez e queimaduras. Inspirados na antiga tradição grega, vários vizinhos europeus iniciaram o cultivo de oliveiras e investiram na produção de suas próprias marcas de azeite. Hoje, a Itália ostenta o título de maior produtora do mundo, seguida pela Espanha. A qualidade da produção desses dois países serve de modelo para quem quer iniciar o cultivo de oliveiras e extrair um azeite de primeira. Na América do Sul, Chile, Uruguai e Argentina já colhem gordas safras de azeitonas e têm a qualidade de seus azeites reconhecida no mercado internacional.

No Brasil, a oliveira chegou há muitos séculos, trazida por imigrantes europeus. Apesar disso, o cultivo se manteve restrito no país. Mas essa situação começa a mudar, com iniciativas espalhadas por diversos estados brasileiros. O Rio Grande do Sul é atualmente o polo mais desenvolvido, graças, entre outros fatores, à iniciativa do empresário José Alberto Aued, que implantou, em 2005, um centro de produção de 12 hectares de oliveiras no município de Cachoeira do Sul. Após cinco anos testando diversas variedades, o empresário realizou neste ano a primeira extração de um azeite brasileiro: o Olivas do Sul. 

Além do Rio Grande do Sul, o cultivo se expande também nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. Em Minas, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) ajudou a disseminar pequenas lavouras em diversas regiões do estado. Já em São Paulo, um grupo de estudos foi criado para pesquisar a cadeia da oliva. O aumento das ações nessa área reflete a crescente demanda pelo produto, já que o Brasil gasta anualmente R$ 400 milhões na importação de azeitonas de mesa e azeite. O volume de compras dobrou nos últimos cinco anos, e a maioria das aquisições é feita na União Europeia (85%) e na Argentina (13%).

Como ainda é uma atividade nova no país, são poucas as estatísticas disponíveis sobre a cadeia, no entanto, os recentes cultivos mostram que as variedades utilizadas – oriundas da Europa – são aptas ao clima e solo brasileiros. “Trouxemos seis variedades, sendo que a mais cultivada é a arbequina, originária da Espanha”, avalia Gabriel Bertozzi, da Agromillora, única empresa que importa mudas de oliveira para o Brasil. Pelos cálculos de Bertozzi, são cultivadas cerca de 130 mil mudas por ano no país. A maior parte dessas lavouras vai render sua primeira colheita no próximo ano. “Acreditamos que o Brasil tem grande potencial para produzir um azeite de qualidade”, diz Fernando Rotondo, produtor e consultor, que cultivou em sua propriedade, em Santana do Livramento (RS), 12 mil mudas.
Alguns entraves, porém, ainda precisam ser solucionados, entre os quais destaca-se o espaçamento do plantio. “O cultivo muito adensado eleva os custos, pois requer a poda das árvores, que é uma operação cara. Os menos adensados também têm se mostrado mais produtivos”, afirma Bertozzi. Os pomares de Aued contam com 300 plantas por hectare, enquanto que na Europa alguns plantios contabilizam até 1.800 árvores por hectare. Outra questão ainda em estudo se refere ao clima. As variedades cultivadas no Brasil foram trazidas da Europa, onde o clima é temperado, e estão sendo cultivadas em áreas de clima similar. “Mas existem azeites excelentes em Marrocos, na Grécia e em Israel, regiões quentes, e isso nos leva a crer que também poderíamos testar variedades dessas regiões“, avalia Angélica Prela Pântano, pesquisadora do Instituto Agronômico de Campinas (IAC).

O IAC, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), o Instituto de Economia Agrícola (IEA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada (Cati) e a Agência de Serviço Settore Agroalimentare Marche (Assam), da Itália, está realizando um zoneamento em São Paulo para descobrir quais áreas são indicadas para o cultivo no estado. “Municípios próximos à Serra da Mantiqueira e no sul do estado apresentam boas condições de cultivo de oliveiras”, diz Angélica.


Fonte> Globo Rural




Comissões aprovam relatório do novo Código Florestal

O relatório do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) foi aprovado por unanimidade nesta terça-feira (8/11) pelas comissões de Agricultura (CRA) e de Ciência e Tecnologia (CCT). O texto foi acolhido com 12 votos favoráveis e um contrário na CCT e com 15 votos favoráveis na CRA.

Os destaques de votação em separado, referentes a emendas rejeitadas pelo relator, serão examinados em reunião marcada para esta quarta-feira (9/11), às 8h30. Entre esses destaques, estão propostas dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) e Antonio Carlos Valadares (PSB-DF) referentes à recomposição das matas ciliares.
A proposta do relator Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) mantém os 30 metros de áreas de preservação permanentes (APPs) para os cursos de água de menos de 10 metros de largura, as chamadas matas ciliares. Além disso, o parecer isenta de multas o proprietário rural que derrubou vegetação nativa, antes de 20 de julho de 2008, “ou em casos de baixo impacto ambiental”.

A redução de APP, de 30 para 15 metros, será permitida em torno dos reservatórios artificiais situados em áreas rurais, com até 20 hectares. Luiz Henrique estabelece em seu parecer larguras variáveis, de 30 a 500 metros, para a preservação de APPs em cursos de água de rios que variam de 10 a 600 metros de largura.

Entretanto, o texto faculta o criação de gado e a infraestrutura física associada ao desenvolvimento dessas atividades em APPs consolidadas em região de chapadas, topos de morros, montes, montanhas e serras, com altura mínima de 100 metros e inclinação média maior que 25º, e em altitudes superiores a 1,8 mil metros, qualquer que seja a vegetação.

Tramitação
Agora, com a aprovação na CRA e na CCT, o Código Florestal será analisado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), onde é relatado por Jorge Viana (PT-AC), na data prevista de 22 de novembro. Depois disso, irá ao Plenário, com previsão de ser votado no dia 23 de novembro. Se aprovado pelo Senado, o relatório deverá retornar à Câmara, em razão de ter sido modificado. A previsão é que até o dia 11 de dezembro seja realizada a aprovação final do projeto.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A história das orquídeas

Nenhum outro grupo no Reino Vegetal possui tanta diversidade quanto as orquídeas. São cerca de 25 mil especíes naturais e centenas de milhares de híbridas (um número difícil de medir devido ao seu intenso crescimento).
Estudos recentes sugerem que as orquídeas possuem 120 milhões de anos na Terra, superando catástrofes e mudanças climáticas em toda esta trajetória.
A primeira referência encontrada foi do imperador chinês Sheng Nung, informando alguns conselhos sobre os poderes medicinais dos Dendrobiums. Por volta de 500 A.C. o filósofo chinês Confúncio descrevia as orquídeas em seus escritos, denominando-as "Rainhas das Plantas com Fragrãncia". Hoje sabe-se que o termo "orquídea" no vocabulário chinês (a palavra "lan") é pronunciado há mais de 4 mil anos!.
Entretanto, apesar dos chineses terem citado o termo a mais tempo, provavelmente a descoberta desta incrível planta deve ter impressionado homens em todo o mundo. O grego Theophrastus (370 - 295 A.C.) listou orquídeas descobertas no Mediterrâneo ainda naquela época, e Plínio (77 A.C) escreveu em seu livro "História Natural" que as orquídeas possuíam um poder sexual. Na verdade foram os ingleses que popularizaram.
Nas Américas maias e astecas também documentaram histórias de orquídeas, especialmente a Vanilla, que eles utilizavam para dar aroma a bebidas típicas.
Até o iluminismo, e a organização científica das espécies vivas do planeta, iniciada pelo conhecido Linaeus, as orquídeas tinham apenas funções da vida prática registradas, como poderes medicinais, eróticos, e também como alimento. Linaeus pela primeira vez catalogou espécies da maneira como conhecemos, oferecendo o nome Orchid (do grego "orkhis" ou testículo) para um típico genêro de orquídeas
No início do século XIX as orquídeas ganharam notoriedade na Inglaterra vitoriana, maior império da época. Era comum realizar expedições pelo mundo em busca de orquídeas raras e exóticas. Muitas espécies foram descobertas, mas nem todas catalogadas cientificamente de forma adequada.
Hoje o conhecimento sobre cultivos de orquídeas nunca foi tão aprofundado. Sabemos que é uma das maiores famílias do Reino Vegetal, como cultivar a maior parte de suas espécies, e, principalemente, como produzir lindos híbridos que nos encantam mais a cada dia.
Fonte: Orquidário Morumby

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Veiling Holambra é a maior bolsa de negociações de flores da América Latina

A paulista Holambra, fundada por holandeses, ficou nacionalmente conhecida como a “cidade das flores”. O que nem todo mundo sabe é que o enorme volume de flores e plantas ornamentais ali produzido é comercializado em sua vizinha, Santo Antônio de Posse, onde está sedidado o maior entreposto comercial da América Latina para esse tipo de mercadoria. Estamos falando do Veiling Holambra, uma cooperativa que importou da Holanda um eficiente sistema de venda de flores realizado por meio de leilões eletrônicos. Por sinal, a palavra “veiling” quer dizer isso mesmo em holandês – leilão. Desde 2009, a cooperativa ocupa uma área de 80 hectares, onde há um grande complexo logístico, preparado para receber, negociar e distribuir os produtos para o Brasil inteiro. Atualmente, estima-se que a cooperativa responda pelo comercialização de 35% a 40% do mercado atacadista nacional de flores e plantas ornamentais.
Robert Van Arnhem, diretor-geral da cooperativa, explica que a função da empresa atualmente é ser apenas uma ponte entre fornecedores e clientes. “Nós somos um intermediador com capacidade logística. O preço dos produtos quem coloca é o produtor”, explica o holandês radicado no Brasil há 40 anos.
Há seis anos no comando do Veiling, Van Arnhen comemora a bonança vivida pelo setor nos últimos dois anos, e espera um faturamento de R$ 310 milhões em 2011. Graças ao grande volume de transações realizadas, o leilão de Santo Antônio de Posse atua hoje como um regulador de preços do setor. “Podemos dizer que nós estamos para o mercado brasileiro de flores assim como o Veiling da Holanda está para o mercado europeu”, declara o diretor.
Para conseguir manipular tamanha quantidade de produtos perecíveis em tempo hábil, a cooperativa conta com infraestrutura logística de primeiro mundo. O “timing” ali precisa ser britânico, ou melhor, holandês: tudo deve ser rigorosamente cronometrado para garantir o frescor do produto que será entregue aos clientes. Para isso, além de as instalações contarem com acondicionamento adequado – para variedades ainda mais sensíveis, como rosas e lírios, há uma câmara fria de 4,4 mil metros quadrados –, o Veiling possui 155 docas, de forma a facilitar a entrada dos produtos por um lado e a saída pelo outro.

Klok, o coração do sistema veiling
Assim como na Holanda, as vendas são realizadas através de um sistema de leilão reverso, isto é, adquire o lote de flores aquele comprador que mais rápido oferecer o menor valor possível pelo produto, e não o maior. Todas as movimentações de lance, compras e remates podem ser observadas pelo klok, um painel eletrônico semelhantes a um relógio, que aponta as cotações dos produtos ao mesmo tempo em que exibe informações específicas sobre o lote ofertado.
Na tribuna, onde ficam os potenciais compradores, há três kloks, que, dependendo do fluxo de mercadoria, podem funcionar simultaneamente, exibindo diferentes produtos. Tal sistema permite ao cliente comprar uma grande quantidade de produtos em um tempo mínimo. “Com o pregão eletrônico, temos registrado uma venda a cada 1,4 segundo”, relata Elisabete Raimundo, assessora de comunicação da cooperativa. Hoje, as vendas realizadas na tribuna respondem por cerca de 60% das negociações comandadas pelo Veiling.
Participam das seções desde representantes de redes de supermercado e grandes fornecedores, como a Ceagesp, até donos de pequenas floriculturas, paisagistas e decoradores. Os pregões acontecem de segunda a sexta-feira, das 6h as 10h. Os dias de maior movimento são as segundas e quartas, quando chegam a ser negociadas cerca de 3 mil carrinhos – o equivalente a um milhão de unidades de flores. No ranking de vendas, a variedade que tem mais saída é a rosa, isso no segmento de flores de corte. No quesito flores de vaso, quem sai na frente é a orquídea Phalaenopsis.
A data que movimenta o maior volume de flores e plantas ornamentais no Veiling é o Dia das Mães. “Mas o Dia dos Namorados e Finados também são bastante movimentados”, diz a assessora. Ela conta que, até 2009, a cooperativa também negociava com o mercado internacional, mas com a crise em 2008 os produtores decidiram voltar-se exclusivamente para o mercado interno. Atualmente, o Veiling conta com 300 associados, 90% deles do estado de São Paulo – dos quais metade está na região de Holambra.

Fonte: Globo Rural

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ministra da Agricultura da Espanha destaca participação do Brasil na Fruit Attraction

A Fruit Attraction (International Trade Show for the Fruit & Vegetables Industry) foi oficialmente aberta nesta quarta-feira (19/10), no Centro de Eventos e Convenções Feria del Madrid, em Madri. Pela manhã, a ministra da Agricultura da Espanha, Roza Aguillar, visitou o evento e provou diversas variedades de frutas, inclusive as brasileiras. O evento vai até sexta-feira (21/10).
Em dois pavilhões (nacional e internacional), estão sendo expostos frutas, vegetais e tecnologias para conservação, embalagens, logística e sementes. No entanto, o que mais chama a atenção dos visitantes é a grande quantidade de frutas exóticas. “Um sabor exótico, refrescante e único”, disse Roza Aguillar ao experimentar o melão brasileiro, no estande do Brazilian Fruit, coordenado pelo Instituto Brasileiro de Frutas (Ibraf). “A participação brasileira neste ano será muito importante para a Europa”.
Além do Brasil, que trouxe oito empresas exportadoras de frutas para a feira, outros sete países estão participando do evento: Itália, Alemanha, França, Portugal, Irã, Ilhas Canárias e Polônia. “A Fruit Attraction expõe a importância do setor frutícola e hortícola da Espanha para o resto da Europa, mas a parceria que temos com outros países produtores, como a Itália, por exemplo, é fundamental para abastecermos o mercado consumidor de frutas na União Europeia”, disse Jose Antonio Pomenza, presidente da Federação dos Exportadores de Frutas da Espanha (Femex).

Exóticas

A Espanha é o segundo maior país exportador de frutas da Europa e também está intensificando sua produção para tornar-se líder e ultrapassar a Itália. Além de buscar parceiros para o abastecimento do mercado com frutas consideradas exóticas para o continente, como romã, mamão formosa, limão tahiti, lichia, entre outras, o país vai encabeçar uma campanha na Alemanha para popularizar o consumo de frutas. “Começaremos pela Alemanha, que tem um grande mercado consumidor em potencial, mas ainda não tem o hábito de consumir frutas”, explicou Roza.

Ainda de acordo com a ministra, o setor frutícola espanhol é tão importante para a economia do país que os produtores não temem que a crise econômica possa atrapalhar a expansão do segmento. “Temos que ter cautela, mas o setor só está crescendo nos últimos anos e estamos trabalhando para dar continuidade a este crescimento”, disse ela.

Variedades

A terceira edição da Fruit Attraction trouxe para a capital espanhola mais de 550 empresas que produzem e comercializam frutas e hortaliças, além de companhias que atuam no setor de logística de transportes destes produtos e embalagens. “A cada ano, a tecnologia nos permite ter produtos mais conservados e métodos seguros de transporte de frutas, que merecem todo cuidado pela sua delicadeza”, contou Manolo Luiz Perez, diretor de uma empresa de logística da Catalunha. Perez participa do evento pela segunda vez.
Este é o primeiro ano que o Brasil participa como expositor no evento. Segundo Maurício de Sá Ferraz, diretor do Ibraf, os espanhóis convidaram o Brasil porque o interesse pelas variedades brasileiras é crescente na Europa. No estande do Brazilian Fruit, os visitantes podem experimentar melão, mamão, banana, goiaba e tomar caipirinha feita com limão brasileiro. Desde o início da feira, os representantes das empresas brasileiras estão atendendo os interessados e explicando sobre as variedades e possibilidades brasileiras na agricultura.
Até o final da feira, a organização estima que mais de 45 mil pessoas tenham visitado o evento. Nesta sexta-feira (21/10), acontece o Congresso Internacional sobre Produção e Consumo Mundial de Maçãs. Entre os palestrantes convidados, está Pierre Pérès, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã.

FONTE: Globo Rural - online

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Poema: A dança das flores de Gilberto Brandão Marcon

Flor do jardim,
flor que deveria
ser da primavera,
mas que preferiu
enganar as estações.
Leve flor carregada
pelo vento.
E nele desliza
como que em
delicada dança,
Flor que teve por par a brisa.
Brisa que acalmou o vento,
do som que se escondia no silêncio,
dos segredos que, embora ditos,
somente foram ouvidos
pelos que tinham ouvidos de ouvir,
pois que escutavam
com a alma,
pois que conheciam
os caminhos do coração.
Flor que é
delicadeza no botão,
e esplendor
no seu momento mágico.
Flor que decora
o circo da vida,
onde os pecados
convivem com as virtudes,
onde o perdão os liberta,
e os transforma
em sementes renovadas

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Não perca! 73ª Festa das Flores de Joinville


Confirmada para acontecer entre os dias 11 e 16 de novembro deste ano, a 73ª Festa das Flores de Joinville. A Festa terá como tema: "Joinville e sua Gente: 160 Anos de uma História de Amor". A presidenta da Fundação Turística de Joinville, Maria Ivonete Peixer da Silva, garante que muitas novidades já estão confirmadas para atrair todos os tipos de público. "Estamos fortalecendo, ano a ano, a Festa das Flores e nosso compromisso maior é fazer com que o nosso povo sinta orgulho e compareça cada vez mais à grande festa da cidade", valoriza.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mulher jardineira

A história da fundadora do Grupo de Mulheres Jardineiras começa onde a terra é tão seca que poucas mudas se aventuram a nascer. Cachoeirinha, no sertão de Pernambuco, foi a cidade em que nasceu e se criou Josefa Soares. Primogênita de agricultores analfabetos, ela começou a trabalhar na roça desde cedo, já que “filha mulher não precisa estudar”.
Josefa sempre gostou do trabalho árduo na terra, mas revoltava-se com aquele solo árido, no qual milho, feijão e mandioca só conseguiam brotar com muito esforço. Quando jovem, a futura jardineira bem que tentou tornar a cidade mais verde. Ajudou a criar cooperativas, aprendeu a fazer cisternas e até conseguiu montar uma pequena cultura hidropônica. Mas se cansou de ouvir que “mulher não entende dessas coisas”, e deixou o sertão, rumo ao sudeste.
Na cidade de São Paulo, encontrou terras mais férteis, mas o casamento e a chegada dos filhos acabaram por deixar de lado seus planos temporariamente. Na virada do milênio, com o casamento desfeito, ela decidiu que era hora de correr atrás de seu sonho, e buscou cursos de agronomia. Mas não havia feito o ensino médio, e um diploma universitário estava fora de questão.
No Viveiro Manequinho Lopes, localizado no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, Josefa encontrou o primeiro emprego e a segunda família. Foi adotada por um casal que a acolheu mesmo depois de adulta. Mas isso não marcou o começo de uma vida mais tranquila. “Recebi um convite para fazer um curso de jardinagem, e para isso teria que largar o trabalho”, conta Josefa. “Fui buscar meu Seguro-Desemprego, e ouvi do funcionário que mulheres não podiam ser jardineiras. Foi um choque”.
Sem se deixar abalar, terminou a escola, especializou-se e recebeu um convite do Centro de Cidadania da Mulher de Santo Amaro para ensinar jardinagem às habitantes da região. Lá, encontrou uma enorme diversidade de tipos: mulheres jovens, idosas, com superior completo ou analfabetas. Muitas delas haviam nascido no campo e perdido o contato com a terra ao se mudarem para a cidade, mas agora se encontravam em uma situação econômica instável, e precisavam de uma profissão.
“Algumas mulheres eram vítima de violência doméstica, outras estavam desempregadas, com a confiança abalada. Vi que eu precisaria ser não apenas professora, mas também amiga e psicóloga”, diz Josefa.
Nas aulas, sempre cheias, as alunas demonstravam interesse, e mesmo aquelas com mais idade participavam criando vasos decorados. Ao aprender uma profissão e participar de um grupo com os mesmos interesses, muitas delas ganharam desenvoltura e força de vontade. “Uma moça perdeu 10 quilos, outra criou coragem para confrontar o marido violento”, diz Josefa.

Mesmo as integrantes com mais idade cuidam das plantas
Mas com o passar do tempo, o número de alunas caiu, e Josefa entendeu que era porque elas não conseguiam arcar com o preço das passagens de ônibus, e sofriam críticas da família por trabalhar tanto sem gerar renda. “Nessa hora, entendi que elas precisavam de um emprego”. E assim surgiu o Grupo das Mulheres Jardineiras, que inicialmente era uma associação, daí a sigla Amuja.
Terra e batom
“Gosto de trabalhar com a beleza”, diz Dionise de Jesus Soares, uma das nove integrantes fixas do Amuja. A jardineira entrou em contato com a profissão por meio do Projeto Pomar (uma iniciativa da Prefeitura de São Paulo que tem como objetivo a recuperação ambiental das margens do Rio Pinheiros), mas após o seu término, não conseguiu emprego na área. Acabou por montar um salão de cabeleireiro.
Quando as alunas de Josefa decidiram montar o grupo, Dionise não pensou duas vezes, e fechou as portas do salão. “Embelezar pessoas que estão caidinhas ou terrenos que estão destruídos é a mesma coisa. Mas as plantas não reclamam”, diz a jardineira.
No começo, Dionise sofreu o mesmo tipo de preconceito que sua ex-professora. Os homens diziam que ela não ia dar conta do trabalho pesado, carregar sacos de terra ou empurrar o carrinho. Já as mulheres questionavam como alguém com o cabelo sempre arrumado e as unhas feitas poderia mexer com a terra. “E quem disse que não posso ser ao mesmo tempo mulher e jardineira? Levo na bolsa uma pá, mas também um batom e uma lixa de unhas”, conta.
O lema de jardinar sem perder a feminilidade foi passado para as outras integrantes. Um gloss e um lápis de olho fazem parte do uniforme, juntamente com a calça jeans e a camiseta roxa ou verde. Mas aos olhos dos clientes, muitas vezes o feminino é sinônimo de pouca competência. Atualmente, o único parceiro fixo de negócios da Amuja é uma agência de banco. Trabalhos temporários costumam aparecer, e Josefa já indicou membros do grupo para vagas fixas de jardineira.
Embora ainda passem por dificuldades para expandir seus negócios, as integrantes do Amuja demonstram muita determinação. “Eu sei que tenho um caminho pela frente. Quero começar um trabalho com cultivares orgânicos, e juntar dinheiro para fazer uma faculdade de agronomia”, diz Josefa. Mas quando ela pensa em tudo o que já percorreu, vê que já ganhou muitas batalhas em um meio em que nem tudo são flores.

FONTE: Globo Rural online

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Não perca!

Fest Flor

Acesse: http://www.festflorbrasil.com.br/

Decoração ganha jardins com árvores frutíferas

Laranja, romã, jabuticaba. Essas são frutas saborosas e que ao mesmo tempo deixam qualquer ambiente com um belo visual. A nova tendência em paisagismo é usar árvores frutíferas na decoração.
“Eu uso as árvores frutíferas nos meus projetos junto com a decoração paisagística na intenção de resgatar uma qualidade de vida melhor. Nada melhor do que pegar a fruta no próprio pé e mostrar para o filho ou o próprio filho colher. Isso os aproxima da natureza”, diz a paisagista Ivani Kubo, que compra as árvores em uma fazenda de Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. São quase 200 mil metros quadrados de área plantada.

O produtor rural José Lucas da Fonseca começou o negócio há 25 anos, com apenas um funcionário. Hoje, ele conta com 20 trabalhadores e cultiva mais de cem espécies. Algumas bem raras, como uvaia e grumixama.
“Tem lichia, que é uma planta chinesa. Tem mirtilo, que também não é uma planta nacional. A pitaia também é nova no mercado”, diz o produtor rural.
A paisagista Ivani Kubo faz 30 projetos por ano, com orçamentos que variam de R$ 10 a R$ 100 mil. O preço muda de acordo com o tamanho da área e as espécies escolhidas e inclui matéria-prima e mão de obra.
“Meu faturamento tem aumentado de 12% a 15% ao ano. Eu posso trabalhar com uma espécie de um ano de vida ou com uma espécie de 20 anos”, conta Ivani Kubo.
A nova casa de Débora Federzoni tem ambientes projetados pela paisagista. Na entrada, um pé de romã. No jardim, Ivani Kubo plantou uma cerejeira e uma jabuticabeira. E ainda construiu um lago.
“É um espaço para relaxar, para sentir o ambiente, para a família curtir junto”, explica a paisagista.
A intenção da cliente foi levar o campo para a cidade. “Nós queríamos as árvores frutíferas porque é bonito vê-la crescer e depois poder colher e comer. Eu acho muito legal fazer isso dentro de São Paulo”, conta Débora Federzoni.
Quem não tem muito espaço também pode instalar árvores frutíferas em casa. O aposentado Rubens Tadeu Fernandes encomendou um projeto para a varanda do apartamento. Uma área de apenas dois metros quadrados.
“Eu já tinha visto projetos grandes, mas fiquei imaginando como seria em uma varanda pequena como a minha. Deu certo”, diz Rubens Tadeu Fernandes.
A falta de espaço não representou um problema para a paisagista. O piso foi trocado por tábuas de cumaru, uma madeira de lei cercada por pedrisco. E já crescem nos vasos uma jabuticabeira e um pé de kinkan, uma frutinha japonesa cujo sabor lembra o de uma laranja azeda.
“Na verdade, você transforma a varanda em um jardim. A pessoa tem que ficar em um jardim e não só olhar de dentro da sala para varanda” explica Ivani Kubo.
As árvores acabaram com uma preocupação do aposentado: a falta de privacidade. Assim, Rubens Tadeu Fernandes pode relaxar e ler o jornal sem medo de olhares alheios.
“Tenho bastante privacidade. E à medida que as árvores vão crescendo fecham mais. Assim eu tenho liberdade para ficar à vontade na minha casa”, comemora o aposentado.

Fonte: globo.com